quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Charge BIER

5 comentários:

BrunOrtiz disse...

É engraçado ver as gerações anos 1950 e 1960 ainda acreditar na democracia representativa. A piada da charge é a própria piada...
haha

Anônimo disse...

E qual é a saída mágica Bruno? Lamentavelmente a democracia representativa realmente ñ dá conta das questões políticas contemporâneas. Mas essa geração conheceu a ditadura e sabe qual é a diferença entre o autoritarismo e uma democracia, mesmo q formal.
Só espero q tu ñ acredites na possibilidade de uma saída revolucionária, pelo menos ñ com esse povo, por q daí a ingenuidade seria tua.

Eugênio

BrunOrtiz disse...

A saída mágica é a mesma que a ditadura, vivida pela tua geração, não respeitou: diversidade de opiniões. Revolução é outro utopismo da tua geração, não me engano. No entanto, a opção pela anulação nada tem de vazia. Seria um binômio simples demais - voto ou nada na cabeça??? Isso seria desconsiderar vários movimentos sociais que atuam em extremos onde o braço do Estado não chega e cuja opção foi a anulação, haja vista a podridão do jogo político.

Anônimo disse...

A quartelada de 64 interrompeu justamente a tentativa do Estado em chagar onde ele ainda ñ chegava. Eram as Reformas de Base e isso nada tinha de utópico. A baixaria dessa última campanha eleitoral deveu-se justamente ao fato do estado ter chegado onde ainda ñ chegava, retomando aquele processo brutalmente interrompido em 64. Utópico é tergiversar, ñ entender isso e anular o voto, dando chance de retorno ao poder ao q há d mais reacionário nesse país.

Eugênio

BrunOrtiz disse...

As reformas de base foram apenas um dos argumentos. A tomada dos militares quase ocorreu com o próprio JK (antes mesmo do Jânio renunciar). O que estava em debate naquele momento, cuja guerra fria era o pano de fundo, era a questão da remessa de lucros, que atingia diretamente os interesses estadunidenses. Hoje, somos outro país no cenário internacional e no campo das disputas políticas internas. A sociedade não está mais organizada apenas em torno do sindicato e das células (historicamente oligárquicas) partidárias. O Estado é mais um braço, mas não o único.
Votei e, provavelmente, tenhamos coincidido na escolha. Mas não vejo a anulação como uma margem pra direita fascista tomar o poder. Talvez não tenha esse receio por não ter vivido um golpe militar. Mas reconheço novas possibilidades no cenário em que vivo e não necessariamente elas tenham que caminhar pela trilha já quase esgotada da obrigatória democracia representativa.